Ela estava feliz. Não simplesmente feliz, mas um FELIZ bem grande, com letras maiúsculas. Todos os seus sentidos funcionavam e sua saúde era de ferro. Seu emprego era satisfatório porque era bem remunerado e lhe dava liberdade. Seu casamento era perfeito e seus filhos nem se poderia descrever como eram adoráveis.
Porém, certo dia foi à igreja e em oração pediu:
"Deus, por favor, livra-me de tanta felicidade. Sem sofrimento eu não posso continuar. Afinal, quem pode ser assim tão feliz? Rogo um mal, pequenino que seja. Amém."
Nem Deus, nem o destino lhe atenderam.
E ela foi condenada a uma vida extremamente feliz.
Cícero #85
Há um dia