1º - Por volta dos sete anos eu vi na televisão (não sei onde) um comercial de um Papai Noel que contava histórias pelo telefone tal. Eu que sempre amei histórias pedi muito para os meus pais ligarem. Obviamente eles não deixaram... Obviamente eu liguei escondida... Obviamente minha mãe descobriu... Porque uma coisa que eu não imaginava naquela época era a existência de conta telefônica.
2º - Alguns dias antes do natal, quando eu tinha em torno de nove anos, levantei uma manhã e achei uma sacola cheia de brinquedos embaixo da minha cama. Não eram brinquedos novos, mas eram muito utilizáveis, tinha Barbies, esposos da Barbie, roupinhas, carrinhos, etc. Pensei: quem sabe esse tal Papai Noel existe? Mas a minha mãe esclareceu que minha amiga havia esquecido os brinquedos dela lá em casa.
3º - Me lembro remotamente de passear pelas ruas no Natal e encontrar vários homens vestidos de um jeito muito estranho naquele calor danado. Eles carregavam um saco vermelho, e haviam gordos, magros, altos, baixos, negros, brancos, velhos, novos, com barba postiça bonita, com barba postiça feia... E eu jamais teria me aproximado se minha mãe não dissesse que eu poderia pegar balas com eles... Estranho que isso não me fez gostar mais deles ou achá-los menos estranhos...
Essas são histórias de natal que eu me lembro sobre o papai noel...
Eu nunca fiquei perturbada por não ter presentes no Natal porque sempre entendi o motivo real da comemoração e na minha mente não cabia um homem vestido de roupas quentes e vermelhas distribuindo presentes por aí no aniversário de Jesus...
Eu adorava o Natal porque as pessoas pareciam mais felizes, relaxadas, esperançosas e dispostas a ajudar. Também sempre gostei da beleza dos enfeites, das luzes, do almoço (não era ceia, era almoço mesmo) que fazíamos com grande parte da família reunida.
Gostava muito das novenas de natal, a gente cantarolava aquelas canções lindíssimas que eu adoro (são velhas e passadas, mas eu adoro), aquelas mensagens repetidas, mas que sempre são válidas, os abraços sinceros entre todos, os comes e bebes, e as conversas descontraídas depois da novena.
Outra coisa que eu adorava no Natal de antigamente eram os amigos secretos de R$ 1,99 (no máximo R$ 5,00), era extremamente divertido ter que se dobrar para escolher um presente tão barato e ainda significativo e era muito difícil alguém sair perdendo porque todo mundo sabia que não ia ganhar grande coisa (a não ser que quem te tirou fosse sua mãe, seu filho ou coisa assim). Eu gostava porque os presentes eram engraçados ou bonitinhos e ninguém ficava pensando: "Credo, dei um presente de R$ 30,00 e ganhei um de R$ 5,00."
Sem falar que, naquela época, ainda mandávamos cartões de natal lindíssimos e com mensagens belíssimas (não é uma parte tão importante, mas como amante das artes e das letras eu amava isso né!).
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Esqueça os presentes (caros ou baratos), esqueça as coisas materiais e valorize essas almas bondosas que fazem nossos dias melhores.
Raramente falo sobre Jesus, mas como hoje é dia dele, não poderia deixar de dizer que ele passou a vida toda sem bens materiais, e neste dia ficávamos felizes em lembrar que nosso salvador nasceu, tentando transmitir ao mundo uma mensagem de paz, de esperança, de união e de fé. E são esses sentimentos que o Natal deve transmitir.
Quando criança, papai noel era um cara q trazia presentes para as amigas ricas, pra mim nada e, os almoços eram chatos, vinham gente q tinham ganhado presentes, depois, eu tinha q lavar toda a louça.
ResponderExcluirMeu pai fazia questão de lembrar que 25/12 não era nascimento de Jesus, hj sei q ele tinha razão, mas se fazíamos os almoços com mta gente, pq não podia ter pinheirinho???
O primeiro pisca q teve lá em casa, foi para divulgar que minha mãe tinha pra vender do paraguai. Todas as árvores de natal que enfeitei até casar eram as que ela já tinha vendido montada. Para mim, é uma data comercial. Estou tentando mudar isso, mas não é fácil.
Ai gente... Adorei a memória da conta telefônica, rsrsrsrs. Imagino o resultado. Mas enfim...
ResponderExcluirJá eu, sempre tivemos Natal. Tinha primeiro aquela história de ir na igreja, rezar e coisa e tal. Depois reuníamos a família para aqueeeeeeeele almoço (e cometer o pecado da gula) cheio de coisas... Aí tinha presentes. Mas quem ganhava presente eram só as crianças. Eu que adorava isso né. Daí um belo dia meu irmão me contou que Papai Noel não existia e não gostei mais. Mas a coisa que eu mais gostava era de montar o pinheirinho... Sempre gostei. Hoje ainda acho bonito e tudo, mas não tenho mais aquela sensação de Natal. É uma data. Mas se possível a gente reune a família.
bjo Lidi :)