de de

Quando o amor chega - 2ª parte

Primeira parte: Quando o amor chega - 1ª parte

Mesmo pensando bem, ela não conseguia se lembrar, quando deixara de considerá-lo um amigo e passara a querer algo mais? Ainda lembrava-se dos primeiros dias, quando não se importava em controlar o que diria a ele, ou mesmo o que vestiria para impressioná-lo. Que não conseguia enxergar nele nada de atraente, talvez aquele seu estilo sério e compenetrado, mas nada de mais interessante para notar. Mas agora tentava refletir quando foi que tudo mudou. Talvez naquele dia...


Na segunda semana em que estava substituindo sua irmã na lanchonete, ela acabou perdendo a hora e chegando atrasada, sabia que a lanchonete era muito rígida a este respeito, mas esperava que nada fosse acontecer, porque era a primeira vez que se atrasava. No entanto, Mateus a chamou para conversar em sua sala.


Esperava por um sermão e rezava para não haver uma demissão, mas o que aconteceu foi totalmente inesperado. Ele começou com um sermão, mas alguma coisa no seu tom de voz, ou talvez nas palavras que estava usando, fizeram com que um diálogo se desenvolvesse. Quando ela havia entrado na sala, o clima estava pesado e os dois estavam nervosos e tensos, mas depois de algumas palavras eles se olhavam com tranquilidade  e a conversa fluía com leveza. Aquilo com certeza não era mais um sermão.


Renata saiu da sala meio a contragosto, quando uma funcionária foi comunicar que um fornecedor havia chegado. A partir daquele dia ela não conseguia mais tirar os olhos dele, analisando suas características, sua personalidade e, principalmente, suas qualidades.


Assim, havia chegado na situação em que se encontrava, não sabia o que dizer quando ele estava por perto, perdia todo e qualquer assunto para puxar uma conversa, sem contar que achava tudo que ele fazia perfeito, ele era responsável, inteligente, gentil, compreensivo e muito atencioso.


- Não se acha mais homens assim na face da terra, mana! Ai, eu quero ele! Eu preciso dele!


- Renata, esquece isso! Por favor! Você e ele não tem nada a ver!


- Talvez possamos ser como arroz e feijão! Não tem nada a ver, mas juntinhos fazem o maior sucesso! Sem contar que nunca enjoa...


As duas riram juntas, enquanto Renata imaginava uma forma de conseguir dizer o que sentia.


- Eu vou escrever... Vou escrever num bilhete e vou entregar pra ele... O que você acha?


- Não sei... Não é muito sem emoção? Ele nem vai estar vendo você e você não vai ver a reação dele...


- Eu entrego o bilhete e peço pra ele ler, na minha frente.


- Bom... Talvez funcione melhor assim...


- É! Vai ser o bilhete mais lindo e romântico que ele já recebeu, você vai ver.



Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário