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Enfim, dentro da matéria "Prática de Ensino: Trajetória da Práxis" (que vai iniciar oficialmente dia 14/02, mas que eu já li e já respondi as questões porque estava ansiosa) é trabalhado essa questão do estágio na prática, desde a relação do professor estagiário com o professor titular até o tipo de professor que o estagiário pretende ser.
Sobre o papel do professor na sociedade é dito que ele precisa ter uma visão política para que possa criticar e procurar a resolução dos problemas vivenciados no dia-a-dia. Além de auxiliar os alunos no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Concordo com as duas afirmações, mas também vejo que, depois de sair empolgado da faculdade o professor tem esperança de encontrar alunos sedentos pelo conhecimento, quando na verdade se depara com alunos que não tem interesse em aprender, e pior, não tem respeito pelo ser que está tentando transmitir algum saber.
Então o coitado do professor, além de enfrentar todo tipo de contratempos, tendo que trabalhar, muitas vezes com materiais alternativos, ainda precisa tolerar pessoas que não tem a intenção de aprender alguma coisa, contrariando todo seu dom e sua formação, que o levaram até ali.
Claro que existem professores que não tem mesmo a intenção de fazer os alunos aprenderem, apenas passam a matéria e é cada um por si. Mas porque existem professores assim?
- Primeira teoria é que eles passaram muito tempo se iludindo achando que iriam encontrar alguém interessado em suas aulas, mas nunca encontraram e acabaram desistindo.
- Segunda teoria é que eles desanimaram porque o salário é uma droga e os recursos são escassos.
- Terceira teoria é que eles acham que ser professor é isso mesmo, inclusive não entendendo porque alguns professores se preocupam tanto com suas aulas.
Por isso mesmo eu acredito que o aumento de salário iria ajudar muito na melhoria do ensino, porque iria fazer com que pessoas dotadas de talento para a docência voltem/comecem a lecionar. Pois enquanto o salário continuar baixo elas vão parar em outros setores que tem melhor remuneração.
Ainda no conteúdo da matéria é afirmado que, hoje em dia, a formação do professor é crucial para a boa qualificação da escola pública de educação básica, e eu acredito que isso se estenda não só para a escola pública de educação básica, mas para qualquer instituição de ensino. Não importa se os recursos são maravilhosos, se a administração é ótima, se as apostilas são ótimas... Se o professor não for bom.
Na mesma apostila também se fala que a personalidade do professor ainda é a maior fonte de motivação para os alunos, citando uma pesquisa feita nos EUA que comprovou que os melhores professores não eram os que utilizavam as melhores tecnologias, mas aqueles que tinham maneiras próprias de se comunicar e ensinar.
Mas aí vem outra grande questão: ser um bom professor é o mesmo que ser um bom comunicador? Seduzindo o público e se adequando ao seu perfil?
Muita gente não seria um bom comunicador, mas é um bom professor. E muitos são bons comunicadores, mas não seriam bons professores. Então, será que para ser bom professor basta estar totalmente apaixonado pela profissão?
Refletindo... |
Por último, a matéria nos questiona: Professor? Educador? Orientador? (...) Qual dos tipos mencionados você pretende ser? Ou que aspectos de cada tipo fazem parte, hoje, da sua personalidade?
Bom, eu não sei. Disso também tenho medo porque ainda não me defini. Adoro ensinar a matéria tentando "enfiar" o conhecimento na cabeça dos alunos, mas também adoro aulas dinâmicas que são muito diferentes daquelas aulas longas e cheias de conteúdo.
Sempre me lembro do meu professor de português no curso de Secretariado Executivo (professor Celso) que tinha uma motivação inesgotável e nos dava exercícios sem fim, que provaram seu valor quando percebemos que cinco anos depois de terminada sua última aula ainda nos lembramos do que aprendemos.
Também o professor de espanhol (professor Dari) que só falava conosco em espanhol e que, apesar de passar muito conteúdo, conseguia manter os alunos interessados. Hoje reavalio o que nos ensinava e acho excelente lembrar que trabalhávamos não só a fala, como também a escrita e a escuta. Através de filmes, vídeos educativos, livros, resumos, exercícios de interpretação, etc.
E uma coisa que os dois tinham em comum parece ser essa motivação infinita, esse "não sei o quê" dentro deles que fazia com que sempre quisessem estar ali ensinando (inclusive fazendo suas próprias apostilas). Apesar dos alunos revoltados ou desinteressados, apesar da falta de recursos, apesar de nem tudo ser como deveria, eles não desistiram.
Será que terei tamanha motivação quando chegar a hora?
Ainda refletindo... |
Lidiane, meu nome é marcela e etou estudando letras tbm, boa noite, não estou conseguindo achar as instruçoes do trabalho que o professor disse que estava no AVA, vc achou??? pq nao estou conseguindo estruturar meu trabalho.....
ResponderExcluirOi Marcela, pior q eles sempre fazem isso, falam que o modelo está lá e só colocam o modelo lá um mês depois! Mas enfim, nós fizemos e colocamos nas normas da ABNT mesmo. O ano passado também tivemos que fazer uma sequencia didática e nos baseamos nela. Foi na matéria de Didática Específica se não me engano. Vou postar aqui no blog, mas você pode também enviar um email para o professor Bruno com esta dúvida. Até!
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