Esses raros momentos, que geralmente são curtos, ficam gravados e com o passar do tempo apagam-se em partes e são reconstituídos por nossa memória... Sem saber se foi assim, acreditamos no eterno da maneira que nos recordamos.
Assim o sentido da vida continua nesses breves instantes em que o coração parece ser a única parte do corpo a existir. Nesse instante que, ao fechar os olhos, se enxerga mais.
Quando a imensidão do universo nos atinge e a matéria se desfaz. Quando o que se busca não se atinge e mesmo assim se busca cada vez com mais intensidade.
Vivemos esperando que esses momentos reapareçam, que a vida novamente nos surpreenda, tirando de nós a ilusão de que o tédio é constante.
Assim continuamos...
Na expectativa de muitos eternos pequenos instantes.
